Não! A cada ano que passa, não fica tudo igual. Em média, a
cada ano que passa, as florestas em Portugal reduzem em área o equivalente à
cidade de Lisboa.
De acordo com os dados da FAO e do Eurostat, entre 1990 e 2015,
a área de floresta em Portugal reduziu mais de 250 mil hectares, ou seja, o
equivalente a uma redução anual de 10 mil hectares (a área da cidade de
Lisboa).
Esta situação de desflorestação é, de acordo com essas mesmas
fontes, única na União Europeia.
Em proporção, é a mais grave situação de desflorestação registada
na Europa e em todo o hemisfério norte.
Não! Os subsídios comunitários
não têm contribuído para o combate à desflorestação em Portugal.
Pelo
contrário! Os apoios às florestas portuguesas, inseridos no âmbito da Política Agrícola
Comum (PAC), têm sido desperdiçados, ou têm mesmo sido “promotores” de incêndios
florestais em Portugal. A três principais espécies apoiadas, no que respeita a área
global ocupada, têm registado forte contração ou mera manutenção nestas últimas
décadas.
Não! A cada ano que passa, com o aumento
das plantações de eucalipto, em regime de expansão de oferta de risco, tem-se
assegurado a perpetuidade das catástrofes estivais.
Esta
espécie assume hoje o destaque principal na área ardida em povoamentos
florestais
Não! Com a desflorestação em curso no país,
este está cada vez menos habilitado para o combate às alterações climáticas.
Não! A cada ano que passa aumenta o risco,
em quantidade e em qualidade, no fornecimento de água às populações e às
atividades agrícolas.
Não! A cada ano que passa aumentam os
riscos para a Saúde Pública, seja na qualidade do ar, seja no risco associado às
doenças infetocontagiosas.
Não! A cada ano que passa não será sempre
a mesma coisa. Terá tendência a ser cada vez pior.
Não! A inversão da atual situação não
pressupõe apenas uma “reforma do sector florestal” (Programa do Governo).
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