sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Mais números vermelhos sobre as florestas em Portugal.


Nas últimas décadas, o valor económico das florestas portuguesas tem conhecido um declínio progressivo, o que aporta repercussões aos níveis social e ambiental.


  • 2,3% reflete o decréscimo em valor da taxa de variação anual apresentada pela produção florestal no período 2000/2010, refletindo o efeito da diminuição dos preços pagos aos produtores florestais (fonte: INE/CES 2010, 2012).



  • 7,1% expressa o acréscimo no rácio consumo intermédio / produção entre 2000 e 2010, ou seja, aumentou de 20,6% em 2000 para 27,7% em 2010 (a preços correntes), uma situação adversa à produção silvícola (fonte: INE/CES 2010, 2012),



  • 1,5 milhões de hectares correspondem à área de solos abandonados em Portugal (excluída a SAU). Esta área corresponde a 43% da área florestal total e a 17% da área terrestre nacional (Fonte: SEFDR/MAMAOT, 2012).



  • 74,2 M€ respeitam ao montante gasto em 2012 pela Proteção Civil no combate direto aos incêndios florestais, mais 10,3% do que o valor gasto em 2011 (Fonte: ANPC, 2012).



  • 35% é o valor médio registado por Portugal no período 2000-2009 na distribuição da área florestal ardida nos 5 países do Sul da Europa, que inclui ainda a Espanha (com 29%), a Itália (19%), a Grécia (11%) e a França (5%) (Fonte: BES/ESR, 2011).



  • 100% reflete o aumento da área de eucalipto em Portugal nos últimos 30 anos. Embora não estejam disponíveis os dados do último Inventário Florestal, a área de eucaliptal, a 5.ª a nível mundial, terá aumentado mais de 400 mil hectares, isto apesar dos indícios de crescente abandono da gestão dos povoamentos florestais com esta espécie exótica e da produtividade média nacional remontar a 1928.



segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Alguns números vermelhos sobre as florestas em Portugal.


Nos últimos 20 anos, o valor económico das florestas portuguesas tem conhecido um declínio progressivo, o que aporta repercussões aos níveis social e ambiental.

67%
Representa o decréscimo do peso do Valor Acrescentado Bruto (VAB) da silvicultura no VAB nacional, ou seja, de 1,2% registado em 1990 baixou para 0,4% em 2010.


40%
Corresponde à redução do impacto da fileira florestal (floresta e indústria de base florestal) no Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, de 3,0% em 2000 reduziu para 1,8% em 2010.


250 M€
Respeitam à redução aproximada no Rendimento Empresarial Líquido na Silvicultura (produção florestal) no período 2000/2010. Será esta a causa preponderante para o progressivo abandono da gestão dos solos florestais em Portugal?


1,5 milhões de hectares
O equivalente à área de solos abandonados em Portugal, correspondem à superfície ardida acumulada na presente década (2002/2012). Esta área acumulada corresponde a 43% da área florestal total e a 17% da área terrestre nacional.


700 M€
Respeitam ao montante de apoios públicos utilizados no financiamento à florestação só para uma espécie florestal nos últimos 20 anos. Este valor poderia ter potenciado 350 mil novos hectares desta espécie, contudo a área da mesma regrediu cerca de 400 mil hectares neste período. A aplicação dos impostos pagos pelos contribuintes pode ter acabado por potenciar a “indústria do fogo” em Portugal.


16 anos
É o período de tempo que decorre desde a aprovação, por unanimidade no Parlamento, da Lei de Bases da Política Florestal, publicada em agosto de 1996. A lei está ainda por regulamentar nas suas medidas e instrumentos essenciais. O processo de regulamentação passou já por 6 diferentes ministros e está agora, há cerca de ano e meio, sob a responsabilidade da ministra Assunção Cristas.