De
acordo com um diário do mesmo grupo empresarial, o
Governo viabiliza hoje um investimento de mais de 85 milhões de euros para o
sector industrial ligado ao eucalipto, desta vez ao grupo Altri.
Não que a Acréscimo se oponha a apoios
de Estado à indústria, mas reserva-se o direito, e mesmo o dever, de contestar
os critérios subjacentes a tais apoios, concedidos a partir do Orçamento
viabilizado pelos impostos pagos em Portugal.
Assim, seria importante que o Governo
esclarece a opção por esta via, em detrimento da utilização do mesmo capital público
noutro tipo de investimentos, mesmo em sectores silvo-industriais, mas com
maior empregabilidade, com menores rácios de volume de investimento por posto
de trabalho criado (aqui na orem dos 8 milhões de euros por posto criado), ou
mesmo de menores rácios de volume de negócios por posto de trabalho efetivo,
com produtos de maior valor acrescentado, com maior impacto na economia
nacional e menor risco para o território, incluindo os solos, os recursos
naturais, bem como as emissões poluentes para a atmosfera e para o meio aquático.
Com efeito, ao mais alto nível, com a presença do Primeiro Ministro, não é
a primeira vez que um Governo do Partido Socialista, em nome de todos nós,
oferta fábricas de pasta celulósica e de papel a grupos empresariais que
protege da concorrência externa e que revelam menosprezo pelo Território e
pelas populações rurais.
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