Passados dois anos sobre a
subscrição da Plataforma
pela Floresta, a Acréscimo congratula-se com a decisão, anunciada pelo ministro
da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, de revogar o Decreto-Lei
n.º 96/2013, de 19 de julho, pelo qual a antecessora oficializou a “campanha
do eucalipto”.
Com
efeito, a “campanha do eucalipto” tem por único propósito garantir, pelo
crescimento de uma oferta de risco, um assegurar de preços baixos de material
lenhoso à procura, a indústria papeleira. Este aspeto assume grande similitude com
a “campanha do trigo” (1929-1949): o servir interesses a jusante do mundo rural.
Os riscos ambientais, sociais e económicos são muito elevados.
A
Acréscimo valoriza uma indústria de base florestal competitiva, sobretudo com
impacto nos mercados externos mais exigentes, baseada numa utilização sustentável dos recursos
naturais e que seja socialmente responsável. Todavia, manifesta a sua
repulsa por estratégias empresariais que subsistem numa lógica de protecionismo
de Estado.
A
Acréscimo pretende que seja promovido o investimento florestal que assegure rendimento
à produção, que crie emprego e proporcione bem estar social, sobretudo em meio
rural, e que se baseie no usufruto sustentável dos recursos naturais associados
aos espaços florestais.
A
Acréscimo manifesta ainda agrado pela alteração anunciada à Portaria
n.º 274/2015, de 8 de setembro, que estabelece o regime de financiamento público,
no âmbito do PDR 2020, às florestas nacionais.
Neste domínio, tem manifestado o seu desagrado pelo
apoio público a sistemas de certificação florestal, instrumentos de mercado já
suportados pelos consumidores.
Todavia,
mais importante do que definir instrumentos financeiros de subsidiação da
atividade silvícola, importa criar instrumentos de regulação dos mercados, a
funcionar em concorrência imperfeita, e de garantir meios de assistência técnica
à silvicultura.
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