O
ministro Capoulas Santos fez anunciar a sua presença hoje no Pinhal do Rei. Na
sequência plantará uma árvore. Assim também já o havia feito em Mação, em março
de 2016. É conhecida a história dai para cá. Para além do efeito mediático, o
que mais haverá a esperar desta intervenção mediática?
Mação, 21 de março de 2016
Passados três meses sobre a ocorrência do
trágico incêndio que vitimou 80% da Mata Nacional de Leiria, entre outras Matas
Nacionais, como está a ocorrer o escoamento da madeira ardida? Como estão a ser
acautelados os interesses do Estado, de todos nós, face ao abrupto aumento da
oferta de madeira de pinheiro bravo no mercado, decorrente do sinistro? Quais
os planos para a contenção de entrada desta madeira no mercado, em função da
decorrente desvalorização do preço por esse aumento da oferta? Existem ações já
implementadas no terreno de preservação desta madeira? Afinal de contas,
está-se perante a melhor madeira de pinheiro bravo produzida em Portugal
Na recuperação da Mata, passados três meses,
qual a calendarização das ações? Seguir-se-á o modelo de 20003, de ver o que vai
acontecendo até um próximo infortúnio? Como será salvaguardada a Mata face aos múltiplos
interesses que a esta se opõem, designadamente de especulação imobiliária e de turismo
em área sensível da orla costeira? Haverá uma aposta no material genético de excelência
oriundo da Mata, ou não haverá qualquer preocupação neste domínio?
A ACRÈSCIMO vê com grande preocupação um longo
arrastar de iniciativas no que respeita às Matas Nacionais. Pior, teme que as áreas
que restaram intocadas pelo incêndio possam ser futuras vítimas, face ao rápido
avanço das espécies invasoras. Aliás, nalgumas das áreas que permaneceram intocadas
pelo fogo reside a dúvida se se tratarão de pinhal ou de acacial, tal é o domínio
desta espécie exótica invasora.
Mata Nacional de Leira, 22 de outubro de 2017
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