Desde antes do inicio
do século (de 04/10/1998 a 06/04/2002), ficou marcada a incompetência do então
ministro da Agricultura e da sua equipa para lidar com os assuntos das
florestas. Capoulas Santos foi incapaz de assegurar os interesses do Estado ao
lidar com o aparecimento da doença do nemátodo da madeira de pinheiro bravo em
Portugal. Fica no histórico a maior queda no rendimento da silvicultura, queda
essa que até hoje não foi recuperada para os índices até então históricos.
Está-se hoje tão só por metade.
Fonte: INE, Contas Económicas da Silvicultura
Mais recente (desde
26/11/2015), fica para a história a maior área ardida de sempre em Portugal num
tão curto espaço de tempo. O registo acumulado é superior a 700.000 hectares,
em 2016 e 2017. Pior, fica no currículo do atual ministro da Agricultura a pior
área ardida em Matas Nacionais, em particular, na Mata Nacional de Leiria.
Neste último caso, fica registada quer a incompetência em assegurar meios para
uma gestão silvícola preventiva, quer a incapacidade para defender os
interesses do Estado na venda do material lenhoso ardido. Já nem se argumenta
quanto às medidas pós-incêndio, de contenção dos solos e salvaguarda das linhas
de água.
No período mais
recente, fica igualmente evidente o uso da manha como ato político. Com efeito,
o que estaria pronto em semanas, no início de 2016, apenas entrará em vigor em
2018. Isto no que respeita ao cumprimento do programa do governo, quanto ao
travão à expansão do eucalipto. Neste domínio, apesar do anúncio de travão,
fica no histórico o ter garantido mais autorizações e validações de plantações
de eucalipto do que a sua antecessora. E, a diferença é substancial e ainda não
totalmente conhecida. Se o objetivo desta postura de manha é o de assegurar os
interesses da indústria papeleira, pode muito bem estar enganado. Tende mais a
servir os interesses do sector energético, os grupos industriais ligados à
utilização de biomassa florestal para a produção de pellets energéticas ou de produção de energia elétrica.
Igualmente, o atual
ministro da Agricultura tem-se mostrado incapaz de elaborar uma verdadeira
proposta de reforma para as florestas, assente numa visão de médio a longo
prazo, numa estratégia consensual. Ficou tão só por uma “reforma” de retalhos,
um pacote que ficou sujeito ao acréscimo de uma vasta amálgama de propostas
corretivas que, no seu conjunto, tendem a gerar aberrações legislativas.
Infelizmente, é também este
o ministro que durante mais tempo deteve o pelouro governamental das florestas,
após abril de 1974.
Merece, contudo, destaque o papel do ministro Capoulas
Santos no anúncio de “boas novas”, de milhões a rodos, cuja execução física
sabe que nunca será escrutinada. Neste domínio, o ministro Capoulas Santos tem
tido um comportamento de verdadeiro Pai Natal. As prendas anunciadas é que
tendem a não ser entregues.
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