No passado fim de
semana, o canal France 24 emitiu duas reportagens, uma em Francês e outra em Inglês, sobre o impacto da epidemia de
eucaliptos no território em Portugal.
Numa resposta
endereçada à France 24, as celuloses refutam qualquer prática ilegal ou uma inadequada
gestão das áreas próprias, independentemente da espécie arbórea. Atribuem ao
Estado, aos Governos, a responsabilidade de regulação da atividade silvícola.
Reforçam que nas áreas próprias os incêndios são menos frequentes. Sem atender
a pormenores, todavia importantes, a Acréscimo corrobora a posição das
celuloses no que respeita à responsabilidade do Estado pela omissão na
regulação do sector.
A Acréscimo tem vindo a
defender a necessidade do Estado impor ás empresas industriais um reforço das áreas de autoabastecimento,
pelo menos para os 50%. Na produção de rolaria de eucalipto anda pelos 20%.
Este reforço garantiria maior segurança às populações, tendo presente a alegada
melhor gestão das áreas próprias por parte da indústria de celulose.
A Acréscimo tem ainda vindo
a defender, sem sucesso e com elevado preço para produtores e cidadãos em
geral, a necessidade da criação de uma
entidade reguladora para o sector. Com efeito, os mercados de produtos
florestais funcionam em concorrência imperfeita. Na produção de celulose estão
dominados por um duopólio na procura.
Para o estímulo a novas
ocupações, reconversão de culturas ou de matos, para o acesso em melhores
condições e com melhores produtos aos mercados, a Acréscimo tem vindo a
defender a necessidade de criação de um
serviço de extensão florestal. Este serviço de aconselhamento técnico e
comercial é fundamental para o apoio a uma produção sustentável e responsável.
Nos licenciamentos (validações
e autorizações) de arborizações e rearborizações, em especial com espécies de
rápido crescimento e de produção lenhosa, a Acréscimo tem vindo a defender a
necessidade de avaliação financeira e de
risco das comunicações e pedidos de autorização submetidos ao Instituto de
Conservação da Natureza e das Florestas. O abandono da grande maioria dos
investimentos em plantações de eucalipto justificam-no.
A omissão por parte do Estado, dos Governos, nestes domínios
só favorece quem agora o veio responsabilizar, as celuloses, a par de manter
uma situação caótica no território.
DADOS COMPLEMENTARES
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