Os dados estatísticos disponibilizados, no
final de 2015, pela FAO e pelo Eurostat, referentes ao período 1990-2015,
registam a situação única de Portugal, no seio da União Europeia, no que
respeita a desflorestação.
Mais recentemente, a Global Forest Watch, em parceria com o World Resources Institute, coloca Portugal nos lugares cimeiros, a
nível mundial, no que respeita à perda percentual de cobertura arbórea. Neste
último caso, em causa estão apenas as manchas florestais com mais de 30% de
coberto arbóreo.
De
acordo com o ranking disponibilizado
pela Global Forest Watch, Portugal
ocupa o quinto lugar entre os países com a maior perda percentual de coberto
arbóreo, registado entre 2001 e 2014, face ao que evidenciava no ano de
2000.
No
lugar cimeiro do ranking surge a Mauritânia
(99,8%), seguida do Burkina Faso (99,3%), das Ilhas Menores Distantes dos
Estados Unidos (1) (71,2%), da Namíbia (31,0%) e de Portugal (24,6%).
No
lote dos 10 primeiros países em perda percentual de coberto arbóreo seguem-se a
Malásia (19,1%), o Benim (18,6%), o Paraguai (18,4%), o Camboja (18,0%) e a
África do Sul (17,2%).
Se
integrando as Ilhas Menores Distantes no conjunto do território dos Estados
Unidos da América, Portugal ascende ao quarto lugar do ranking.
Como anteriormente tornado público, a Acréscimo considera a “reforma da floresta”,
anunciada recentemente pelo Governo Português, como pouco credível para
contrariar uma situação de descontrolada desflorestação. Esta é a opinião que
irá transmitir às diferentes Autoridades Nacionais.
(1)
As Ilhas Menores Distantes dos Estados Unidos
consistem numa série de ilhas dispersas, administradas pelos Estados Unidos da
América: Ilha Baker Ilha Howland Ilha Jarvis Atol Johnston Recife Kingman Atol
Midway Ilha Navassa Atol Palmyra Ilha Wake (Fonte: Wikipédia)