Antes de
analisar as propostas para as florestas que se apresentam em 2015, importa analisar o que foi
proposto em 2011 e o que foi realizado entre 2011 e 2015.
Serão grandes as
diferenças entre o proposto e o realizado? Ora vejamos.
No programa eleitoral
do PSD constava:
“O PSD estimulará o
aproveitamento do potencial do sector florestal, através da dinamização do cluster
da pasta de papel e mobiliário, bem como através do aproveitamento dos resíduos
florestais para a produção de energia (biomassa). Por outro lado, o PSD
elaborará um levantamento das doenças fitossanitárias mais comuns e em expansão
nas nossas florestas.
O abandono da
actividade agrícola e florestal dos últimos anos contribuiu, em parte, para um
dos maiores flagelos do nosso país, os incêndios florestais. O PSD entende que
medidas que atraiam o investimento na agricultura e na floresta podem
contrariar a tendência de abandono do mundo rural, diminuindo a área ardida
anualmente. Neste sentido, serão estudadas e implementadas fórmulas de
concessão de exploração a privados de certos segmentos da floresta.”
O CDS-PP fez
constar no seu programa eleitoral:
“É tempo de quebrar
os ciclos viciosos que persistem na nossa floresta (fraccionamento, gestão, incêndios
e doenças). Assim, o fraccionamento que leva ao abandono só pode ser
contrariado através do associativismo florestal, do emparcelamento funcional e
da gestão colectiva (gestão condominial): é preciso redinamizar as ZIFs com
consistência e atractividade.
O cadastro
florestal é indispensável e tem que ser feito. É preciso criar um mecanismo de
segurança e de gestão de riscos, com o apoio da União Europeia e em conjunto
com as seguradoras, para reduzir substancialmente os riscos de incêndios
florestais. Finalmente, tem que se fazer do declínio dos povoamentos
suberícolas e do combate ao nemátodo do pinheiro verdadeiras prioridades.
O potencial do
sector florestal está claramente sub‐aproveitado e é inaceitável
o grau verdadeiramente residual de aproveitamento das medidas do PRODER para a
floresta.”
E o programa eleitoral do
PS mencionava:
“Na fileira florestal:
a) promover o associativismo florestal e a certificação florestal
sustentável, fomentando a criação de riqueza e de postos de trabalho nos
territórios rurais;
b) apostar na floresta irrigada em zonas de regadio subaproveitadas,
para a garantia do aumento da matéria-prima para a indústria da madeira e da
pasta de papel;
c) valorizar a actividade cinegética;
d) continuar a apoiar a criação de Zonas de Intervenção Florestal,
concretizando 1 milhão de hectares até 2013.”
Tiremos as nossas conclusões.