tag:blogger.com,1999:blog-2352080417222131006.post6364929540975457643..comments2022-01-08T19:03:31.161+00:00Comments on Acréscimo: Sobre o controlo das plantações ilegais com eucaliptoUnknownnoreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-2352080417222131006.post-43700703991182342432016-09-17T00:02:25.738+01:002016-09-17T00:02:25.738+01:00http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=revogaeuca...http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=revogaeucalipo<br /><br />Pela revogação do Decreto-Lei n.º 96/2013, de 15 de Julho, que implementou o novo regime de arborização que liberaliza a plantação em monocultura de eucalipto, deixando de ser necessário pedido de autorização prévia às autoridades florestais até 2 hectares, e que tornou mais complexo e burocrático a florestações com espécies autóctones, como por exemplo sobreiro, carvalho, castanheiro, pinheiro bravo e manso e outras tantas. <br />A revogação do DL não impede a florestação de eucaliptos, nem resolve todos problemas da nossa floresta, mas obriga a que as entidades competentes voltem à necessária tarefa de análise e aprovação da sua plantação. <br /><br />Desde a década de 1980 que as áreas ardidas em Portugal são superiores à média Europeia, tornando-se no país líder na Europa em número de incêndios, com cerca de 700.000 mil, e de área de território ardido, com mais do equivalente a 40% de todo o território nacional (seguido pela Grécia, Itália e Espanha, todos com cerca de 12%). <br /><br />Portugal é o país do mundo com maior área de território ocupada por eucalipto (cerca de 10% de todo o seu território), a que correspondem quase 30% de área florestal sendo este valor inclusivamente superior ao da Austrália, país de sua origem. <br /><br />Os dados apontam para a coincidência temporal entre o início da era do eucalipto com o início da intensificação dos fogos florestais, o que evidencia que nenhum dos vários governos deu até hoje a devida e necessária atenção às globalmente reconhecidas consequências da massificação desta espécie: <br /><br />- Destruição dos recursos hídricos causada pelo seu “consumo de luxo” de água e consequente erosão extrema dos solos, ao ponto de se desconhecer a duração da reposição dos nutrientes necessários à plantação de qualquer outra cultura; <br /><br />- Destruição da biodiversidade da flora dada a excessiva quantidade de biomassa produzida não permitir qualquer interacção com outras plantas e árvores; <br /><br />- Desaparecimento quase total de fauna (curiosamente nem os animais de origem australiana, cuja alimentação é exclusiva de folhas de eucalipto, fazem uso das espécies predominantes por cá); <br /><br />- Susceptibilidade para a ignição de incêndios de fulminante propagação e enorme intensidade, sendo que os bombeiros australianos sugestivamente alcunham a espécie por cá predominante (eucalyptus globulus), de “gasoline tree” (árvore da gasolina), tal o seu nível de combustão. <br /><br />Está por isso na altura de nos questionarmos se devemos continuar vertiginosamente no caminho da auto destruição dos nosso recursos, a troco de uma contribuição de cerca de 2% do PIB e alguns empregos gerados pela industria da celulose? <br />Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/14068147544230377060noreply@blogger.com